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Angústia e escolhas: o peso das decisões na vida cotidiana

Você já se viu paralisado diante de uma decisão importante? Ou, após escolher, sentiu um aperto no peito, como se algo ainda estivesse fora do lugar? Essa sensação, tão comum, é chamada de angústia. Ela frequentemente nos visita nesses momentos de decisão, e muitas vezes não conseguimos identificar exatamente o porquê.

Na perspectiva psicanalítica, a angústia é diferente do medo ou da ansiedade. O medo se relaciona a algo concreto, enquanto a ansiedade surge diante de ameaças vagas. Já a angústia é um afeto singular, que emerge diante do desconhecido — aquilo que não conseguimos simbolizar. Quando precisamos decidir, ela frequentemente nos confronta com nossos desejos mais profundos.

O ato de decidir e a experiência da perda

Tomar decisões pode ser angustiante porque envolve perder. Cada escolha implica abrir mão de outras possibilidades. Em um mundo repleto de opções — desde a carreira ideal até os relacionamentos que queremos construir —, o peso das escolhas pode se tornar esmagador. A promessa de liberdade da modernidade muitas vezes nos empurra para um ciclo interminável de indecisões, alimentando ainda mais a angústia.

Sob a ótica lacaniana, no entanto, a angústia não é um sentimento puramente negativo. Pelo contrário, ela pode indicar que estamos diante de algo essencial: nosso desejo. A angústia é um alerta, uma oportunidade de olhar para o que realmente importa. Em vez de fugir dela, a psicanálise nos convida a escutá-la.

Como a psicanálise pode ajudar?

No processo psicanalítico, o sujeito é incentivado a refletir sobre suas escolhas e os fatores que as influenciam. Uma das questões fundamentais é: “Estou escolhendo de acordo com o que realmente desejo ou apenas tentando corresponder às expectativas do outro?” Esse é um dos temas que o ambiente analítico permite explorar.

Além disso, compreender o papel da falta em nossas vidas — algo estrutural na teoria de Lacan — pode aliviar a angústia. Reconhecer que nenhuma escolha será capaz de preencher completamente esse vazio pode ser libertador. Em vez de buscar a decisão “perfeita”, podemos aceitar que o ato de escolher é, por si só, um ato de coragem.

Encontre leveza e autenticidade nas escolhas

Se você se sente paralisado diante de decisões ou percebe a angústia pesando em seu dia a dia, saiba que não está sozinho. O acompanhamento psicanalítico pode ajudá-lo a interpretar os sinais da sua angústia, compreender suas escolhas e encontrar mais leveza e autenticidade no caminho que deseja trilhar.

Que tal dar o primeiro passo e começar a escutar o que sua angústia tem a dizer?

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